quarta-feira, 2 de junho de 2010

Caça-palavras

Chamaram um caçador do horizonte rosado
Dizia-se dono dicionarizado das palavras
Cheio de porquês explicativos
Indicativos de sua autoridade na caçada

Perguntaram se sabia antes de mencionado
Motivo dedicado de sua vinda
Ele explicou que era sobre palavras fugidas
De feridas de um coração de donzela

Riram todos, obvio
Não previu o cavaleiro que na vila existiam poetas
Na verdade todos eram tolos
De louros declínios a solidão

Sem entender a solidão predisposta a faces
Fez realces ao motivo de seu erro
E todos concordaram entender
Compreender o erro hilário

Disseram que as palavras fugiram as páginas
Imaginadas ou não, escritas ou não
Fugiram, levando sonhos ilustrados
Inesperados espasmos de inspiração que se foram

Logo começou seu trabalho, monossilábicas
Arbitrárias ações dos unidos
Foi até as polissilábicas, violentíssimas
Raríssimas oponentes, mas capturadas

Estavam todas no papel do inicio
Principio do ocorrido
Motivo esse que trouxe o caçador
Orador do discurso final

Agradeceu o chamado
Irado pela adrenalina da caçada
Sorria estritamente e gargalhava
Estava realmente contente

As palavras juntas novamente
Comumente formavam o poema
Os poetas todos expressaram suas liras
Aguerridas sobre a gloria do caçador

O tema do poema era solidão
Então lido por todos
Criavam uma harmonia prazerosa
Honrosa situação que se uniam

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