A mão pequena, muito pequena
Tenta, puxa o ar, espalma contra o teto
Não chora, mas geme enquanto rola pelo berço
E vê lá no alto alguns pássaros que circulam
Os olhos grandes, muito grandes
Acompanham, rodam em suas orbitas
É de uma cor esmeralda, talvez jade
E quando ele mira alguma coisa sorri bobo
A boca é gigante, muito gigante
Sorri, chora e para, como se abocanhasse o mundo
Tenta falar e não consegue ainda, só rola enquanto segue os pássaros
Sempre em circulo, olhos e boca acompanhando
E a palavra é boba, muito boba
Nesse instante banal e importante
Ele balbucia uma palavra que encanta ele mesmo
Um “pipiu” bate asas de sua boca enquanto os do teto migram
Coisa de bom pai
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