quinta-feira, 1 de julho de 2010

A poça

Uma nuvem passou pela poça, nublada, cinzenta, os olhos do pequeno acompanharam a sua passada durante todos os longos minutos. Depois olhou para cima e não achou a nuvem. Coçou os cabelos finos, bagunçando a cabeleira fina, e voltou a olhar a poça. Agora passava um passarinho, depois outro, então um bando deles, batendo asas sem parar, num frenesi silencioso. Rapidamente o pequeno subiu seu olhar buscando os pássaros que migravam com pressa, mas não achou. Coçou, bagunçando ainda mais, a cabeleira fina, negra e longa. Apertou os olhos verdes contra o sol, depois voltou para a poça, e logo pintou seu rosto em uma grande interrogação, procurando na poça um sol que não existia... A poça estava chovendo, grandes raios explodiam em clarões na poça, no buraco feito de água que escondia um mundo privado. Ele ficou de cócoras, observando os ventos, os pássaros e os clarões. Depois olhou para cima novamente buscando o sol... Levantou e saiu em disparada em direção a uma bola. Voltou, caminhando devagar, procurando na água aquelas pinturas intrigantes. Parou por alguns poucos segundos, e logo gritou, já em uma nova dispara, um “já achei!”.

2 comentários:

  1. legal =) a poça é um bom personagem ! e da pra imaginar todo o mundo ao redor daquilo =)

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  2. acho que farmacêutico não tem cultura mesmo!

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