Põe o casaco e fecha a porta. Pinta a noite singular com uma caminhada sem rumo. Atrás de si um mundo deixando, feito de orelhões e esquinas. A sua frente um mundo de noite, povoado de novos orelhões e repetidas esquinas. Frio culmina a face, o sereno molha as roupas, a lua se esconde e logo se descobre. Os passos são duros e deveras falsos em buracos escondidos. Na cabeça nada que lhe valha um parágrafo.
Alguns papéis foram deixados. Poemas perdidos em antíteses. Prosas viciadas em clichês. Não existe mais um menino feito de sonhos e palavras sem contextos. Transformou-se em senhor de caráter literário falho. Perdeu as suas noites de assombrados acontecimentos. Perdeu a facilidade de olhar o crepúsculo sem traçá-lo lógico. Não vê mais os vampiros, fadas, escritores. Vê a lenda, a imaginação, o delírio.
Agora vale um parágrafo. A cabeça mudou em uma caminhada rumo ao contrario. Ele viu as várias facetas de uma prosa, e percebeu não ter mais a onomatopéia de suas idéias. Então observa um mundo à noite. Com os pés doidos. O braço abraça o corpo. Os olhos marejam poesia, enquanto os movimentos dramatizam rimas. Pisa sincronizado, trocando pé por pé, um pelo outro. E os versos saem bem vindos.
Se um buraco aparece, ele logo some de vista
Corta as horas do relógio, ora valendo tempo ora valendo nada
E desdobra um mundo de possibilidades
Um buraco e logo, não mais um buraco
Se atravessa uma praça, logo já esta a quilômetros dela
Fez da caminhada uma epopéia
E passou mercado fechado e feira abrindo
Passou tanto que não achou a volta
Se cumprimenta uma pessoa, logo ela já esta em outro lugar
Essa mesma pessoa andou tanto quanto ele
Em um momento verá o buraco fugido
Que depois de alguns passos sumira
Se pensa em algo, logo vira plano ideal
A vida seguira a idéia e a idéia se torna vida
Mas nunca concretiza e continua caminhando
Sem um rumo certo e coberto de grandes idéias
E a caminhada continua por uma noite perpetua. Continua se estendendo por cima dos olhos. Cobre os telhados e chama os gatos. Nunca acaba. Continua caminhando, pensando gigantes pensamentos. Pensa em coisas sem sentindo, sentindo que não servirá para nada, mesmo assim há o contente no rosto.
Não procura um final para a noite, por fim a noite só termina quando os pensamentos se esgotarem. A cabeça cheia coloca os pensamentos em cabides que se prendem ao crânio, e pouco a pouco se organizam. Os pés continuam doendo e o opúsculo que se forma em seus pensamentos ganha uma forma eterna.
Alguns papéis foram deixados. Poemas perdidos em antíteses. Prosas viciadas em clichês. Não existe mais um menino feito de sonhos e palavras sem contextos. Transformou-se em senhor de caráter literário falho. Perdeu as suas noites de assombrados acontecimentos. Perdeu a facilidade de olhar o crepúsculo sem traçá-lo lógico. Não vê mais os vampiros, fadas, escritores. Vê a lenda, a imaginação, o delírio.
Agora vale um parágrafo. A cabeça mudou em uma caminhada rumo ao contrario. Ele viu as várias facetas de uma prosa, e percebeu não ter mais a onomatopéia de suas idéias. Então observa um mundo à noite. Com os pés doidos. O braço abraça o corpo. Os olhos marejam poesia, enquanto os movimentos dramatizam rimas. Pisa sincronizado, trocando pé por pé, um pelo outro. E os versos saem bem vindos.
Se um buraco aparece, ele logo some de vista
Corta as horas do relógio, ora valendo tempo ora valendo nada
E desdobra um mundo de possibilidades
Um buraco e logo, não mais um buraco
Se atravessa uma praça, logo já esta a quilômetros dela
Fez da caminhada uma epopéia
E passou mercado fechado e feira abrindo
Passou tanto que não achou a volta
Se cumprimenta uma pessoa, logo ela já esta em outro lugar
Essa mesma pessoa andou tanto quanto ele
Em um momento verá o buraco fugido
Que depois de alguns passos sumira
Se pensa em algo, logo vira plano ideal
A vida seguira a idéia e a idéia se torna vida
Mas nunca concretiza e continua caminhando
Sem um rumo certo e coberto de grandes idéias
E a caminhada continua por uma noite perpetua. Continua se estendendo por cima dos olhos. Cobre os telhados e chama os gatos. Nunca acaba. Continua caminhando, pensando gigantes pensamentos. Pensa em coisas sem sentindo, sentindo que não servirá para nada, mesmo assim há o contente no rosto.
Não procura um final para a noite, por fim a noite só termina quando os pensamentos se esgotarem. A cabeça cheia coloca os pensamentos em cabides que se prendem ao crânio, e pouco a pouco se organizam. Os pés continuam doendo e o opúsculo que se forma em seus pensamentos ganha uma forma eterna.
eu gostei ... nem parece um poema adolescente xD
ResponderExcluirquase um remake ~ mas melhor
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